O lado cômico da maternidade


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Se o Nic fosse…

Um super herói, ele vasculharia cada cantinho dessa galáxia

Se ele fosse extremo-alternativo, seria naturista

Se fosse um filme, seria Karatê Kid (bom, ou pelo menos Taekwondo Kid)

Se fosse gente grande, seria o papi

Se fosse um bichinho, seria um gatinho

E se fosse entrevistado, daria as melhores respostas que eu já ouvi.

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SORTEIO DE ILUSTRAÇÃO ROLANDO: Vocês estão vendo que estou me empolgando geral com esse negócio de desenhar encima de foto, né? Tão empolgada estou que até sorteio resolvi fazer. Tá lá no meu blog de ilustrações! Passa lá se quiser ganhar um desenho de sua escolha numa foto do seu filho!


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Se a Lily fosse…

Uma princesa da Disney, seria a Branca de Neve

Se fosse um inseto, uma joaninha

Se fosse uma banda, seria Rolling Stones

Se fosse um marsupial, seria um canguru

Se fosse gente grande, seria a tia Patti

E se fosse um bichinho, bom, veja você mesmo.

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Obviamente que se a mãe fosse normal, não teria feito esse post, né?

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PS: quando não estou aqui, estou gastando meu infinito potencial pra bobeiras , na página do Nicolilando por aí. Dá uma passadinha lá de vez em quando! 😀

PPS: sobre o video, era sono viu, gente? 2 minutos depois ela dormia feito um anjo.


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O orvil átse erbos a asem (ou crianças bilíngues)

Quando eu era criança, me achava super esperta por não acreditar em Papai Noel, nem naquela baboseira de que a gente não cresce se alguém passar a perna por cima da nossa cabeça ou que nasceria uma verruga no meu nariz se eu contasse estrelas no céu apontando com o dedo. “Tem que ser muito bobinho pra acreditar nessas coisas”, pensava eu.

No entanto, jurava de pés juntos que, primeiro, tinha um gorila morando no telhado da casa da minha avó. Segundo, que aquele barulhinho de grilo à noite, sabe qual? — psc, psc, psc — então, eu ju-ra-va que esse barulho era de estrela piscando no céu e ficava deveras intrigada como que mesmo em noite nublada eu continuava escutando as estrelas tão nitidamente. E terceiro, tinha absoluta certeza que pra falar inglês bastava falar as palavras em português, só que de trás pra frente.

Assim, num belo dia eu me convenci que sabia falar inglês.

E, claro, contei pra deus e o povo que além de extra-terrestre (Venusiana, dá licença?), também dominava a tal língua estrangeira. Por isso, vira e mexe, tinha um me perguntando como se falava isso ou aquilo em inglês. As palavras pequenas eram fáceis, num instante eu traduzia. Flor? “Rolf”. Casa? “Asac”. Ovo? Era “ovo” mesmo, engraçado. Agora, palavras maiores eu gastava um pouco mais de tempo. Árvore? Eu tinha que embromar, perguntar mais de uma vez pra ganhar tempo, escrever no chão com um pedaço de tijolo:

– Á-r-v-o-r-e, é isso mesmo que você quer saber?

E daí a resposta vinha: “Erovrá”.

Mas nada me fascinava mais que os nomes. Adorava pensar em como cada uma das pessoas que eu conhecia se chamaria se morasse nos EUA. Eu por exemplo, seria Anaicul. Feio, eu achava. Bonito era o da minha amiga Regina: Aniger. Que sorte a dela. Ou da Amanda: Adnama. Mas um nome que pra mim era imbatível na lindura anglo-saxônica era o do meu irmão Reinaldo: Odlanier. Que tudo!!! Odlanieeeeeer… Vivia eu repetindo. Era um inglês classudo, assim com um leve sotaque francês, né?

Bom, claro que minha pose de tradutora não durou muito. Um dia veio a lambisgóia da “Yllek”, que talvez, prevendo que não iria fazer a menor sucesso nos Estados Unidos com esse nome, me desmentiu na frente de todo mundo dizendo que não, que maçã não era “ãçam” em inglês como eu afirmava, mas “apple”. E encheu a boca pra falar: ÉPOL.

Aquilo me encasquetou por dias – até que um tio meu me confirmou. Sim, maçã era mesmo “épol”, mesa era “têibol” e cachorro, bom, cachorro não era “orrohcac” como eu já tinha espalhado pra todo mundo. Cachorro era simplesmente “dóg”, muito mais fácil inclusive.

Foi aí que meu mundo paralelo desmoronou soterrando pra sempre a Anaicul.

* * *

Mas fato é, que depois de toda a dificuldade que eu passei pra “traduzir” palavras pro “inglês” eu cresci com aquela impressão de que qualquer criança que falasse o idioma fosse inteligentíssima, sabe? Uma vez fui a uma festa na casa de uma amiga e lá tinha um menininho nascido no estrangeiro, mas que passava férias no Brasil. Ele tinha 4 anos e falava tudo em inglês. E eu, mesmo já sabendo que ele não precisava pensar em português, inverter as palavras todas na cabeça e depois formar frases inteiras, olhava abestalhada de admiração pra aquela incrível miniatura de gênio.

* * *

Nic na Australia. Olha essa carinha! 😀

Daí que eu cresci, casei, fomos morar na Australia e eu fiquei pensando nessas coisas todas; que nosso filho nasceria lá e seria também um pequeno geniozinho falador de inglês. Não deu em outra, com 18 meses, Nic já sabia “bye bye” e “dog”. Repararam? Com 18 meses ele já sabia que era “dog” e não “orrohcac”. Inteligente é pouco esse meu filho.

Logo depois viemos pro Canadá. Mas como em casa a gente sempre falou só português e Nic continuava comigo em tempo integral, não viu outra saída senão inventar sua própria língua pra se comunicar com os amiguinhos canadenses na hora de brincar com eles. A língua era o “embromation” e consistia em embolar a lingua de forma a SOAR como inglês, mas sem na verdade proferir nenhuma palavra na língua. As outras mães achavam aquilo extraordinário e muitas vezes chegavam a pensar que ele estivesse SIM falando inglês… pra depois constatarem que “não, não está não. Mas como parece!”.

Enfim, fato é que ano passado experimentamos colocar Nic na escolinha, apenas duas vezes na semana, mas nem o “embromation” o salvou. Ele não gostava de ir, ficava frustrado por ninguém entendê-lo, chorava demais e depois de algumas semanas não quis mais saber. Eu até cheguei a brincar com ele, chamá-lo de Salocin pra ver se ele achava graça, mas ele não tava pra brincadeira não. Simplesmente emburrou com o inglês, com a escola, tudo.

E como ele só tinha 3 anos, insistir pra quê? Hoje, 6 meses mais tarde, posso dizer que Nic é outro menino, muito mais seguro, confiante. Agora ele brinca com as outras crianças, interage muito mais e fala um tanto de coisas em inglês. In-te-li-gen-tís-si-mo! 😀 E como vamos tentar a escolinha de novo depois das férias de verão, resolvemos contratar uma babysitter pra brincar com ele em inglês, duas horas por semana. Não é muito, mas é incrível como ele repete as coisas que ela fala, na mesmíssima entonação, com o mesmo sotaque.

Já a Lily, capaz que aprenda ainda mais cedo que o Nic, já que a gente vai continuar falando português em casa, mas possivelmente o Nic vai querer falar em inglês com ela. Who knows?

* * *

Bom, no mais, Anaicul empacotou mas Luciana continua com suas loucuras. A última tem sido passar o dia inteiro sentada encima de uma bola de pilates, o que parece ser a coisa mais efetiva pra acalmar, divertir e fazer a Lily dormir. Ela aproveitou e fez um video de algumas fofurices da Liloca, do alto dos seus dois meses e meio. Aí ó:

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E sojieb arp sêcov! (inglês? Ta mais pra húngaro, né não? rs)


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O Papai Noel e a vovó

Analisa comigo: você acha que é possível superar um Natal, que apesar de não ter tido neve, teve árvore com enfeites de feltro feitos à mão por mãe e…cof, cof, filho, presépio de papel marché, luzinhas em volta da casa, visita do Papai Noel em carne, osso e hohoho e ainda por cima a presença de uma das avós lá do Brasil? Fala se não é imbatível?

Tão imbatível, que Nic, talvez envolto por toda essa atmosfera de plenitude e contentamento (haha), tenha se sentido tão realizado, que nem sequer quis saber dos seus presentes. Bastou-lhe um carrinho de menos de 10 dólares, supostamente deixado pelo Papai Noel na noite anterior, pra ele sair na mais completa felicidade, mesmo sob brados de “Nic, tem mais presentes pra você!”. Pois sabe o que essa alma desprendida nos disse? “não, só quero esse carrinho mesmo”.

3 anos de idade, gente, e já ensinando tanto. 🙂

Então foi assim que se deu inicio à nunca antes imaginada “poupança de brinquedos” aqui em casa, onde guardei todos os outros presentes que ele nem sequer abriu pra uma possível ocasião futura em que eles se façam necessários.

* * *

Quanto ao Papai Noel, esse foi um espetáculo à parte. Rafa, depois de muita persuasão, aceitou procurar uma roupa pra se vestir do bom velhinho. Mas como ele não é muito fã de fantasias, ficou até o ultimo momento tentando me convencer que EU era a pessoa mais adequada pro papel, já que nem travesseiro pra simular o barrigão eu precisava. #insensível

Mas incrível como as coisas mudam. Imagine você, que terminada a encenação, Rafa tenha gostado tanto da experiência que saiu dizendo que mal podia esperar pra se vestir de novo no próximo ano. #virafolha Mas não posso culpá-lo… Realmente foi muito bonitinho ver o Nicolas achando que ele era o Papai Noel de verdade e até levando a mãozinha na boca tamanha foi sua surpresa. O mais engraçado é que ao invés dele querer abraça-lo, chegar perto e tal (coisa que a gente queria mesmo evitar pra ele não reconhecer o pai por trás daquela barba branca), ele ficou foi correndo pela casa totalmente eufórico enquanto o Papai Noel andava atrás dele.

Infelizmente nem tudo foi perfeito, e a filmagem de toda a cena que havia sido exaustivamente ensaiada nos bastidores (em meio a muitas gargalhadas), ficou seriamente comprometida, já que o aparado filmador estava – pasme você – sem espaço pra mais vídeos. Assim, pesada e andando como uma pata choca, tive que sair correndo pra pegar meu celular e voltar a tempo de filmar ao menos o final do ato… Ou seja, perdi a chegada, a carinha de surpresa e todas as perguntas que o Papai Noel fez pro Nicolas, entre elas “você vai parar de usar fralda, jovem Nicolas? hohoho!”. #whatashame

Mas vai, tá aí o video assim mesmo:

* * *

Já a vinda da vovó foi um acontecimento único. Sem falar uma única palavra em inglês, vovó Conceição (aqui apresentada como Grandma Maria), voou bravamente de Belo Horizonte pra São Paulo, daí pra Toronto, retirou malas, fez novo check in, passou pela imigração e chegou sã e salva em Vancouver. Eu que quase não dormi na noite que ela viajou, mesmo tendo feito um roteiro detalhado de tudo o que ela tinha que fazer incluindo frases chaves em inglês pra ela mostrar pra alguém caso se perdesse. E deu tudo certo mesmo!

(Vovó e Nicolas ajudando a fazer o presépio de papel marché)

E graças à ela agora temos tido chance de respirar um pouco e desacelerar. E Nic então, nem precisa dizer que tá apaixonado, né? Já acorda de manhã e a primeira coisa que grita lá do berço é “vovó! já acordou?”. Pois se não estava acordada, agora está.

E talvez pela falta de costume em conviver com outros familiares, na primeira vez que ele me viu chamando a avó de “mãe” logo me corrigiu: “mãe não, ela é a vovó!”. Mas agora já se acostumou. Da mesma forma que também se acostumou ao colinho aconchegante dela e da mesma forma que a vovó tem se acostumado ao frio daqui. Ou quase.

Essa é a foto da Vovó São conhecendo a neve pela primeira vez, em Whistler. Ela veste: 16 camadas de blusas, 2 luvas, 7 calças e duas meias, além de gorro, bota e cachecol. (rs)

– Tá com frio, vovó?

– Só um pouquinho, meu querido.


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Pitacando por aí – MMqD

Gente!

Advinha onde estamos nicolando hoje? Lá naquela pracinha virtual cheia de mães lindas, charmosas e pitaquentas – O Minha Mãe que Disse! Olha que luxo! O video é sobre pitacos e conselhos que a gente recebe durante a gravidez e como criar nossos filhos. É assunto pra semanas, mas o vídeo conseguiu reunir algumas pérolas verdadeiras e muitas hilárias! Passa pra assistir!

(não tente assistir o video por aqui porque é só uma foto. Vai nesse link AQUI ao invés)

Além de mim com todo o meu mineirês que me é peculiar, estão também a Laiz, a Sol e a Flá.


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Toda criança quer

Então parabéns pra quem falou “Toda criança quer” na brincadeira do último post!

Fala sério gente, tava moleza de acertar, né não? (haha)

Pra quem não conhece a música, estou colocando o video abaixo. Até onde eu sei não existe um video oficial da música, então roubei um que eu achei bonitinho do youtube mesmo. Vale a pena ouvir, a música é muito linda… eu adoro!!!

* * *

E pra não falar que eu só passei pra isso, vamos à algumas curtinhas, que tal?

Nic continua chato pra comer. De frutas só come banana e olhe lá. De legumes, só brócolis, mas claro, isso também depende do humor dele. Arroz é sempre bem vindo, desde que não venha com feijão. Ovo e carne são imprevisíveis – um dia adora, vários dias não quer nem ver. Não come sopa, nem macarrão, sem salada, mesmo que venham fantasiados com olhos, bocas ou rodas. Nem uma feijoada caseira linda, gostosa e feita com carne de churrasco (!) como essa ele quis saber… Tem bobo pra tudo…

Mas enfim, descobri que o lado bom dele não comer é que pelo menos não estraga os dentes, né gente? Que esses sim, continuam branquinhos, alinhadinhos e lindos, assim, como se nunca tivessem sido usados, sabe? 😉

E sabe que de repente aflorou no Nic uma agressividade que nunca vi antes? Sem qualquer estímulo aparente, de repente ele chuta brinquedos, arremessa coisas, simula explosões e acidentes de carro e cospe no chão (sim, cospe!). Normal isso, gente? É coisa que toda mãe deve esperar no pacote de “meninos” mesmo, ou devo me preocupar?

E apesar de não comer, energia é coisa que não falta no menino Nicolas. Corre o tempo to-do. Um dos mistérios da natureza. Se estamos conversando com alguém, ele está dando voltas ao redor da gente. Se vamos à biblioteca, ele empilha alguns livros no chão, toma distância e salta os livros. Se vamos ao parque, passa mais tempo correndo ao redor do playground que brincando nele. Enfim, menino ativo precisa de atividade. Né?

+

PS: video feito no único dia com cara de verão que a gente teve até hoje esse ano!

PS2: cuidado com volume do som, minha risada no final é escandalosa! 🙂

Beijos e até a próxima! 🙂


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Qual é a música?

Gente, vem cá, tô pensando seriamente em mudar o nome do blog pra Abandonado por aí, o que vocês acham? Mais condizente com a realidade do blog, né não? 🙂

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Mas vamos lá. Bom, outro dia gravamos o Nic cantando uma música e… hã, hã, tocando violão junto. Daí me lembrei de uma brincadeira muito fofa que a Flávia fez um tempo atrás e resolvi fazer também.

Você é capaz de acertar qual é a música?

Pra não virar uma missão impossível, claro que vou dar uma pista… é do Palavra Cantada.

Alguém?

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Também aproveito pra chamar quem por acaso ainda não ouviu falar do site Minha Mãe que Disse! que reúne todos os blogs da blogosfera materna num só. Um luxo! E o mais bacana é que tem ilustração minha! Corre lá e aproveita pra participar do sorteio de inauguração, viu?


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A primavera e os clips de Nic

A primavera aqui chegou e tudo não podia ser mais lindo! Muito sol, muitas cores, muitas flores e brisa fresca. Desculpa a babação gente, mas é a primeira vez que eu moro num lugar com primavera de verdade, então dá licença pra eu ficar empolgada? Tô encantada por finalmente ver todo mundo na rua cuidando dos jardins, passeando com as crianças, andando de bicicleta… vivendo a vida, sabe?  Por fim, depois de um gélido inverno, agora estamos conhecendo aqueles vizinhos que mal saíram de seus casulos por três meses.

Bom, mas claro que até mesmo uma estação tão alegre e primaveril como a primavera (haha) também traz seu lado down: a assustadora responsabilidade de conseguir manter vivo esse jardim florido e maravilhoso que agora nos pertence. Logo eu, que já matei violetas à rodo, afoguei cactos e consegui matar até mesmo a mais imatável das flores – uma tal de frangi-não-sei-o-que, de clima tropical, mas que foi dar de nascer lá no deserto australiano – “Ninguém consegue matar uma flor dessa não, minha filha!” – me diziam os mais entendidos. Pois EU consegui! Já viu o que me espera né? Desprezo geral dos vizinhos por ser a única com um jardim desmazelado.

Mas enfim, não vim aqui pra falar nada disso. Aliás, vim com a intenção de ser bem breve, e já me pego aqui discorrendo sobre as flores tropicais e sua dispersão pelo mundo e tecendo teorias de exclusão num futuro próximo. O que eu queria mesmo era aproveitar que Nic tá sonecando, que Rafa tá pra chegar depois de 2 semanas longe e que tenho um mooooonte de videos atrasados com fofuras do Nic pra postar, e postá-los de uma vez por todas. Afinal, morando longe da familia tem dessas coisas – temos a responsabilidade atualizar todo mundo com as gracinhas do Nic.

Então vamos lá!

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– Esse video data de três meses atrás. Sim, três meses. Ver-go-nha, eu sei, mas só agora tive tempo de mexer com isso, gente! Esse vídeo mostra o Nicolas, aos 2 anos e 2 meses, cantando a música do Coelhinho e logo depois um pedacinho da do “elefanto” que incomoda muita gente.

– O próximo já é atual, com ele fazendo cara de bravo, feliz, susto e triste. Bo-ni-ti-nho!

– Abaixo, um video do Nic contando uma estória sobre ele e o Buzz Lightyear (seu melhor amigo), enquanto tomava banho.

– O próximo é pra quem achou que eu estava exagerando quando contei nesse post que o Nic fala “carro” pra TUDO. Na verdade, ele já estava respondendo “carro” há um tempo, mas eu só consegui filmar uma parte- a qual já deixa bem clara a obsessão do menino.

– E último (ufa, até que enfim!), foi feito quando acordamos pela manhã. Rafa estava viajando e Nic tinha dormido comigo. Como quase todo dia, ele acordou ávido pra tomar vitamina de banana, que eu sempre faço no café-da-manhã. Mas nesse dia em particular ele falou sobre todo o processo de se fazer a vitamina:

“Nicolas vai ajudar mamãe e colocar banana. Depois entorna o leite, mistura e joga a casca no lixo.”

Eu achei tão bonitinho ele falando tudo isso e usando a palavra “entornar” pra explicar que se coloca o leite na banana, que eu imediatamente peguei a câmera pra tentar filmar. Daí eu ia induzindo com as perguntas pra ver se ele repetia o que tinha dito, mas… o resultado foi outro, bem engraçadinho também. Vejam vocês mesmos.

Bom, é isso! Deixa eu ir lá ajeitar o cabelo (hehe) que o maridinho tá quase chegando!

Beijos!!!


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Breakfast with Santa

E parece que o incidente com o Papai Noel com cara de boneco de ventríloquo não deixou traumas no Nicolas.

Final de semana passado fomos tomar café-da-manhã com o Papai Noel (que não era de madeira) e o Nic ficou fascinado… (Viu só? Quando foi que eu achei que fosse tomar café com uma celebridade um dia, gente?). Bom, não que eu planejasse criar esse fascínio nele pela figura barriguda com barba branca (e que normalmente só instiga o consumismo), mas estou tentando manter tudo num nível saudável de fantasia, com a estória do bom velhinho que vem lá do Pólo Norte (ali pertinho, viu?) voando em seu trenó puxado por renas e que faz brinquedos pras crianças que não podem comprar.

O evento aconteceu numa Community Center onde serviram panquecas, salsicha , suco e café/chá (típico café-da-manhã daqui), distribuídos em várias mesas. Teve a presença do Papai Noel que recebeu cada uma das crianças presentes no seu colo e pra minha total surpresa o Nicolas amou… Gostou tanto que chorou querendo ficar mais no colo dele. Daí foi aquele coro de gente falando “oh! soooooo cute….”.

Mas o que a gente mais gostou foi a banda que tocava lá. Gente, assistam esse vídeo pra ver que som espetacular… Eu amei!

O video eu fiz quando estávamos na fila pra entrar, daí adicionei algumas fotos do evento. Não reparem não, mas o Nicolas saiu com carinha de muxoxo todo sério e às vezes até parece que ele estava triste, mas é o jeitinho dele mesmo. Ele fica com essa carinha quando está observando tudo com atenção. Mas como todas as crianças ele também se soltou, dançou, riu e bateu palmas… só que nessa hora eu não quis saber de registrar … Afinal, quando é que eu tenho oportunidade de dançar uma música boa com uma galera animada? 🙂

– Mas mamãe, a “galera” era só de crianças de no máximo 5 anos de idade!

– Iiiiii Nic, me deixa!


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The ‘incredible’ twos

O que seria de um blog materno se a mamãe não parasse de tempos em tempos pra exercer sua corujice e enaltecer as habilidades da cria, né? E sobre isso, falou muito bem a Kah neste post sobre o lamentável Campeonato de Bebês que acontece por aí. À medida que você lê o post, vai passando por uma montanha russa de sentimentos: primeiro começa achando graça, depois fica indignada, triste e totalmente sem fé na raça humana (tô contigo, Kah) até que termina suspirando e decidida a revelar ao mundo as proezas naturais do seu pequeno gênio…

E é exatamente o que eu vou fazer agora… No entanto, gostaria muito que o Nic  também ouvisse… Só que, cadê ele?

– Niiiiiicolas! Cadê vocêêê?

– Hi hi hi hi hi.

– Puxa, como ele esconde bem! Onde estará o menininho sapeca da mamãe? Será que tá dentro do guarda-roupa? Não… Atrás da porta? Também não… Debaixo da cama? Humm… não…

– Hi hi hi.

– Estaria ele atrás do sofá? Nossa, também não… Ou quem sabe… NICOLAS!!! Meudeusdocéu!!! Como você foi parar encima dessa estante, meu filho?

* * *

Outro dia eu ouvi falar que criança pequena é como um liquidificador, só que sem tampa. Pois precisa falar mais?

O Nic anda bem assim mesmo, cada vez mais intenso e dramático ao expressar suas emoções. Perfeito pra um papel mirim numa novelinha mexicana vespertina. Mas por outro lado, noto que ele tem sido muito mais quieto e concentrado em outras ocasiões: brinca cada vez mais sozinho, presta mais atenção nas estórias, encaixa pecinhas sem perder a paciência e assiste filmes infantis inteiros, atento do início ao fim – inclusive conseguindo prever o que está pra acontecer!

E como gosta de crianças mais velhas… É um magnetismo natural… Ele não pode ver uma daquelas criaturinhas de 5 anos toda cheia de si, que ele gruda e vai atrás imitando tudo o que ela faz. Como no dia da spidergirl, lembra? Mas isso só dura até o momento em que ele invariavelmente escuta um “leave me alone!” pra se afastar, mas ainda assim, continuar de longe admirando aquele modelo perfeito de auto-suficiência. Já as da mesma idade, esquece – é desprezo absoluto. Coloque ele numa sala com outros dez menininhos de dois anos, pra ver – tudo o que ele vai querer é brincar sozinho e ainda por cima sem emprestar nem mesmo aquele carrinho velho de roda quebrada.

Além dessas, Nic tem também outras particularidades: pra começar, odeia ficar sem camisa, mas tudo bem ficar sem calça. Faz greve de fome, mas jamais recusa brócolis, sem sal nem alho e a qualquer hora do dia. Ainda nem largou as fraldas, mas já quer autonomia total – o típico rebelde com fralda – e ao invés de pedir determinado objeto, simplesmente empurra uma cadeira, sobe e pega. *Estado de alerta total aqui em casa* – nada está completamente fora de seu alcance mais.

E nunca esteve tão volúvel e paradoxal… Num minuto quer tomar leite, no outro quer comer feijão, depois quer calçar sapato sozinho enquanto come biscoitos e no seguinte quer brincar de ser neném no colo da mamãe e tomar leite outra vez – o mesmíssimo que ele dispensou há três minutos atrás e o qual ele agora toma no copo sem jamais se lembrar que negócio mal-arrumado era aquele de usar mamadeira.

E fala pelos cotovelos.  Monta frases inteiras à sua maneira, narra tudo o que a gente faz, usa artigos e preposições, arrisca plurais, conversa sozinho com os carrinhos, pergunta e ele mesmo responde e até inventa novos verbos.

– Quéio mamãe facar a uva pro Nicoias. (=quero que a mamãe corte a uva pro Nicolas)

– Mamãe tá varrendo a blusa do papi. (=passando)

– Mamãe, quéio mais vai no parquinho. Agoia não, depois. (=quero ir no parquinho de novo. Agora não, depois. – ele mesmo responde).

– Qué papai vão brincar de carrinho com mim. (=quero que o papai brinque de carrinho comigo.)

– Não cabe não… o ômbusi é muito grande… (=ônibus)

– Eu também sentado na cadeira.

– Um, dois, quatro, seis rodas. O caminhão tem seis rodas, mamãe. (ele sabe contar até 10, mas adora contar de dois em dois)

🙂

E se por acaso, eu caio na bobeira de perguntar a ele “vamos dormir?” ou “vamos comer?” (ao invés perguntar “você quer dormir com o coelho ou com a Moey?” ou “quer comer arroz com frango ou com ovo?” a resposta agora é polida “não, não, obrigado”. E tenho que usar muitas e muitas artimanhas pra convencê-lo a fazer o que eu preciso que ele faça.

Quer ver só?

Então assista você mesmo ele recusando educadamente a soneca, depois me ignorando enquanto “lia” as instruções em um pacotinho de chá e no final eu aplicando o famoso Método de Psicologia Inversa (MPI) e seu resultado.

* * *

E é isso aí. Incrível é perceber que esse meu menininho que quer fazer tudo sozinho, que adora imitar o pai fazendo barba e sabe cantar várias músicas do Pé-com-pé, ainda adora colo, odeia escovar dentes e curte músicas de ninar pra dormir. Ah! e conserva as mãos gordinhas de neném – inclusive com furinhos!

* * *

PS1: E a vocês, minhas queridas, muito obrigada pelos comentários solidários no último post. O Rafa já voltou e as coisas aqui agora andam muito mais equilibradas!

PS2: Estou adorando esse amigo secreto blogosférico! A gente tirou um (a) amiguinho (a) que é a coisa mais linda desse mundo! E quem nos tirou já mandou um recadinho e está caprichando no suspense!!! Ai meu deus, quanta curiosidade de saber quem é!!!